Não há como fugir aos fatos, a era digital revolucionou a maneira como nos relacionamos com outras pessoas por meio das redes sociais, incluindo o Linkedin. E por mais que CEOs resistam em aparecer em perfis pessoais nessas redes, argumentando exposição e quebra de privacidade, existem muitos ganhos quando a exposição é feita de forma estratégica e com objetivo.
Atualmente a maioria das empresas, sobretudo na área de comunicação, vem incentivando essa prática entre seus líderes, esperando que eles sejam referência para seus liderados em suas competências e habilidades e até mesmo contribuindo para uma marca empregadora mais forte e desejada.
A pesquisa “Liderança Conectada”, promovida pela consultoria Brunswick, mostrou que para 82% dos entrevistados os CEOs deveriam ter perfis on-line. Além disso, 78% dos colaboradores de empresas com mais de mil funcionários e 91% dos leitores de veículos financeiros esperam que um CEO se comunique nas mídias sociais, onde velocidade e a transparência são entendidas como essenciais, especialmente em crises.
O estudo destacou que ter uma liderança conectada e ativa se tornou estratégico após o avanço da digitalização nas empresas provocada pela pandemia.
“No entanto, é muito importante que o uso seja feito da forma correta, pois a linha entre o online e offline não existe mais”, afirma Craig Mullaney, sócio da Brunswick em Washington.
Já um estudo do LinkedIn sobre o cenário de vendas no Brasil destaca ainda que os vendedores deverão ampliar em 63% o uso das tecnologias de vendas em 2022. Dentro desse contexto, o desafio é manter a vida privada.
Muitos executivos têm pouco ou nenhum interesse em se tornar o próximo influenciador queridinho das redes sociais. Isso acontece porque é fácil equiparar esses canais com frivolidades, selfies e vídeos virais.
É preciso que os líderes não só entendam essa importância da comunicação online como também consigam criar plataformas autênticas e confiáveis, que contribuam com os objetivos do negócio.
A força da Marca Pessoal
Não posso deixar de citar que a presença digital é hoje um excelente caminho para fortalecer a sua marca pessoal. Para reforçar, uma marca pessoal não é sobre o que falamos da gente, é sobre como as pessoas nos veem, como veem nossa identidade e quais são as coisas que atribuem e associam genuinamente a nós.
Uma forma de revelar nossos valores e propósitos, quem somos e o que oferecemos. Isso tem muita força no mercado corporativo, as percepções que nossos colegas de trabalho criam sobre nós com base em como nos mostramos diariamente a eles.
Já o marketing pessoal são as ações de comunicação que realizamos para fortalecer a nossa marca pessoal.
Oportunidades
As oportunidades para criar uma marca pessoal para os líderes são inúmeras e também para fortalecer a presença de uma empresa digitalmente, e isso vai muito além de apenas compartilharem atualizações sobre o negócio ou falar da missão da empresa.
É preciso criar uma linguagem própria, dar a sua opinião sobre assuntos do seu interesse e trazer informações relevantes sobre o negócio, se posicionar como uma autoridade e referência no assunto.
Alguns exemplos do que pode ser publicado por líderes:
- Mostre o seu dia a dia (real time marketing), reuniões com o time, apresentações, palestras, conquistas, metas, eventos, entre outros;
- Insights do setor de atuação;
- Dicas de leituras e conteúdos gerais;
- Mostre seus curadores – suas referências;
- Destaque as conquistas do time;
Mas lembrem-se, para isso, é preciso ter estratégia e objetivo, onde você quer chegar e por qual motivo vai publicar esses conteúdos?
Além disso, o executivo precisa ter ciência de que estar nas redes sociais é sobre o negócio e a empresa e não sobre ele.
No geral, as pessoas gostam de gente de verdade, isso explica o porquê de perfis pessoais terem mais seguidores e interações do que os de empresas. O Linkedin, a rede mais profissional do mundo, é um grande exemplo disso.
Mullaney ainda afirma que ter uma liderança presente no mundo digital, conectada e autêntica, é a chave para promover relacionamentos online. “O público não segue alguém em quem não confia e não podem confiar em quem não conhecem”.
Nesse momento, um líder que construiu confiança com seu público pode estar melhor posicionado. Sobretudo, em momentos de crises ou até mesmo para fortalecer a marca empregadora.
O que você pensa sobre isso? Como anda a sua presença digital, já pensou em fortalecer sua marca e a da sua empresa?